sábado, 16 de fevereiro de 2008

AULA 1

  • O Barroco


    O Barroco é marcado pela sua forma conflituosa e exagerada, causando até mesmo certo mal-estar pelas oposições dos princípios renascentistas e a ética cristã. Também se caracteriza pelo desejo dos autores em causar assombro nos leitores.
    Dentro da sua audácia verbal, não há limites: como os paradóxos, as antíteses, as metáforas, e também o jogo verbal.
    Exemplos:

    Metáfora: Purpúreas rosas sobre Galatea
    A aurora entre lírios cândidos desfolha. (Góngora)
    (A luz rosada do amanhecer banha o corpo branco da jovem Galatea)

    Antítese: A aurora ontem me deu berço, a noite ataúde me deu. (Góngora)

    Paradoxo: Amor é fogo que arde sem se ver;
    é ferida que dói e não se sente;
    é um contentamento descontente;
    é dor que desatina sem doer. (Camões)

    Jogo verbal: O todo sem a parte não é todo;
    a parte sem o todo não é parte;
    mas se a parte o faz todo, sendo parte,
    não se diga que é parte sendo todo. (Gregório de Matos)


  • Buscando fazer uma relação com a música, escolhemos a canção "Viver, Amar, Valeu", escrita por Gonzaguinha, e cantada por Zizi Possi:

  • Quando a atitude de viver
    É uma extensão do coração
    É muito mais que um prazer
    É toda carga da emoção
    Que era o encontro com o sonho
    Que só pintava no horizonte
    E, de repente, diz presente
    Sorri e beija a nossa fronte
    E abraça e arrebenta a gente
    É bom dizer viver, valeu
    Ah! já não é nem mais alegria
    Já não é nem felicidade
    É tudo aquilo num sol riso
    É tudo aquilo que é preciso
    É tudo aquilo paraíso
    Não há palavra que explique
    É só dizer viver, valeu
    Ah! eu me ofereço esse momento
    Que não tem paga e nem tem preço
    Essa magia eu reconheço
    Aqui está a minha sorte
    Me descobrir tão fraco e forte
    Me descobrir tão sal e doce
    E o que era amargo acabou-se
    É bom dizer viver, valeu
    É bom dizer amar, valeu.
    Amar, valeu.

  • Esta canção, como as obras do período Barroco, apresenta: Metáfora: "É tudo aquilo num sol riso"; Paradóxo: "Me descobrir tão fraco e forte / Me descobrir tão sal e doce"; Jogo Verbal: "É bom dizer viver, valeu / É bom dizer amar, valeu. / Amar, valeu.

Ketaquiando um pouco mais...


É estar vivendo,

Em estar morrendo.

Viver é ir morrendo aos poucos. Esta percepção de que o sopro da vida já traz em si a própria finitude surge como fonte de grande angústia para a alma barroca. Cada minuto vivido é um minuto de aproximação do abismo sombrio. A idéia da morte torna-se onipresente porque não há como esquecê-la.

2 comentários:

Geruza Zelnys disse...

meninasss!!!!
ficou lindoooooo!!!
que foto fantástica essa de vcs, dá uma vontade de entrar aí tb nesse mundo mágico e curtir essa cumplicidade gostosa...
Muito boa a seleção musical e mais ainda o kethaquiando... acho que o kethaquiar deve continuar sempreeeee
bj
G.

Unknown disse...

Oie meninas !!!
ficou mto bunitinho o blog
bjoss
Re.