- O Barroco
O Barroco é marcado pela sua forma conflituosa e exagerada, causando até mesmo certo mal-estar pelas oposições dos princípios renascentistas e a ética cristã. Também se caracteriza pelo desejo dos autores em causar assombro nos leitores.
Dentro da sua audácia verbal, não há limites: como os paradóxos, as antíteses, as metáforas, e também o jogo verbal.
Exemplos:
Metáfora: Purpúreas rosas sobre Galatea
A aurora entre lírios cândidos desfolha. (Góngora)
(A luz rosada do amanhecer banha o corpo branco da jovem Galatea)
Antítese: A aurora ontem me deu berço, a noite ataúde me deu. (Góngora)
Paradoxo: Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer. (Camões)
Jogo verbal: O todo sem a parte não é todo;
a parte sem o todo não é parte;
mas se a parte o faz todo, sendo parte,
não se diga que é parte sendo todo. (Gregório de Matos) - Buscando fazer uma relação com a música, escolhemos a canção "Viver, Amar, Valeu", escrita por Gonzaguinha, e cantada por Zizi Possi:
- Quando a atitude de viver
É uma extensão do coração
É muito mais que um prazer
É toda carga da emoção
Que era o encontro com o sonho
Que só pintava no horizonte
E, de repente, diz presente
Sorri e beija a nossa fronte
E abraça e arrebenta a gente
É bom dizer viver, valeu
Ah! já não é nem mais alegria
Já não é nem felicidade
É tudo aquilo num sol riso
É tudo aquilo que é preciso
É tudo aquilo paraíso
Não há palavra que explique
É só dizer viver, valeu
Ah! eu me ofereço esse momento
Que não tem paga e nem tem preço
Essa magia eu reconheço
Aqui está a minha sorte
Me descobrir tão fraco e forte
Me descobrir tão sal e doce
E o que era amargo acabou-se
É bom dizer viver, valeu
É bom dizer amar, valeu.
Amar, valeu. - Esta canção, como as obras do período Barroco, apresenta: Metáfora: "É tudo aquilo num sol riso"; Paradóxo: "Me descobrir tão fraco e forte / Me descobrir tão sal e doce"; Jogo Verbal: "É bom dizer viver, valeu / É bom dizer amar, valeu. / Amar, valeu.
Ketaquiando um pouco mais...
Em estar morrendo.
Viver é ir morrendo aos poucos. Esta percepção de que o sopro da vida já traz em si a própria finitude surge como fonte de grande angústia para a alma barroca. Cada minuto vivido é um minuto de aproximação do abismo sombrio. A idéia da morte torna-se onipresente porque não há como esquecê-la.
2 comentários:
meninasss!!!!
ficou lindoooooo!!!
que foto fantástica essa de vcs, dá uma vontade de entrar aí tb nesse mundo mágico e curtir essa cumplicidade gostosa...
Muito boa a seleção musical e mais ainda o kethaquiando... acho que o kethaquiar deve continuar sempreeeee
bj
G.
Oie meninas !!!
ficou mto bunitinho o blog
bjoss
Re.
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